quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Os ecos da centralização econômica na Educação


Ontem, neste mesmo espaço, com o título "A centralização econômica na Educação Superior brasileira" comentei sobre o problema da centralização econômica na Educação Superior. Deixei de lado, porém, a gravidade que é muito maior: os ecos da transformação da Educação em negócio nos Ensinos Médio e Básico. Voltamos a um ponto já abordado aqui no texto "A universidade não é o divã do mundo": quando a Educação se torna um negócio, passa a ser regida por metas de produtividade. E, para a Educação como negócio nos Ensinos Médio e Básico, qual a maior meta? Treinar (e não preparar) alunos (e não estudantes) para a aprovação no Vestibular ou quaisquer dos genéricos e similares hoje existentes. Forma-se uma cadeia que vai do Ensino Básico ao Superior, passando pelo Médio, para "amestrar" pessoas. Não se forma para a vida, para a convivência em sociedade. Forma-se para "passar no vestibular". E isso foi parar no inconsciente coletivo das famílias e dos núcleos familiares brasileiros. Há profissão além da universidade e a vida, a felicidade de alguém, não pode se resumir a "passar no vestibular". Retomo aqui uma provocação que sempre faço sobre os dois homens mais ricos do mundo (quiçá os mais felizes) Marck Zuckerberg e Bill Gattes. Os dois, para serem felizes (e ricaços) abandonaram Harvard, uma das mais famosas e respeitadas universidades do Planeta. Não quero aqui dizer que é preciso abandonar a universidade para ser feliz. Alerto apenas para o fato de que não se pode jogar para a universidade a responsabilidade por "te fazer feliz". Nem eu, professor Gilson Vieira Monteiro, nem a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) somos preparados e existimos somente para fazer alguém feliz. Cada ser é responsável pela construção do seu caminho e que a universidade, qualquer que seja, faça o possível para tornar melhor a vida das pessoas, da sociedade. Quando, porém, a Educação é mero negócio, o sistema inteiro padece e passa a adestrar pessoas. E seres humanos não foram feitos para serem meramente adestrados: existem para tirar da vida o máximo possível de felicidade. Pense nisso!

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

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Um comentário:

  1. Onde mora um sonho, reside também ao lado o anseio de lutar para conquistá-lo.
    Empenho para ingressar.
    (Engenharia de Computação - UFAM 2014)

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