Ontem,
neste mesmo espaço, com o título "A
centralização econômica na Educação Superior brasileira" comentei
sobre o problema da centralização econômica na Educação Superior. Deixei de
lado, porém, a gravidade que é muito maior: os ecos da transformação da
Educação em negócio nos Ensinos Médio e Básico. Voltamos a um ponto já abordado
aqui no texto "A
universidade não é o divã do mundo": quando a Educação se torna um
negócio, passa a ser regida por metas de produtividade. E, para a Educação como
negócio nos Ensinos Médio e Básico, qual a maior meta? Treinar (e não preparar)
alunos (e não estudantes) para a aprovação no Vestibular ou quaisquer dos
genéricos e similares hoje existentes. Forma-se uma cadeia que vai do Ensino
Básico ao Superior, passando pelo Médio, para "amestrar" pessoas. Não
se forma para a vida, para a convivência em sociedade. Forma-se para
"passar no vestibular". E isso foi parar no inconsciente coletivo das
famílias e dos núcleos familiares brasileiros. Há profissão além da universidade
e a vida, a felicidade de alguém, não pode se resumir a "passar no
vestibular". Retomo aqui uma provocação que sempre faço sobre os dois
homens mais ricos do mundo (quiçá os mais felizes) Marck Zuckerberg e Bill
Gattes. Os dois, para serem felizes (e ricaços) abandonaram Harvard, uma das mais
famosas e respeitadas universidades do Planeta. Não quero aqui dizer que é
preciso abandonar a universidade para ser feliz. Alerto apenas para o fato de
que não se pode jogar para a universidade a responsabilidade por "te fazer
feliz". Nem eu, professor Gilson Vieira Monteiro, nem a Universidade
Federal do Amazonas (Ufam) somos preparados e existimos somente para fazer
alguém feliz. Cada ser é responsável pela construção do seu caminho e que a
universidade, qualquer que seja, faça o possível para tornar melhor a vida das
pessoas, da sociedade. Quando, porém, a Educação é mero negócio, o sistema
inteiro padece e passa a adestrar pessoas. E seres humanos não foram feitos
para serem meramente adestrados: existem para tirar da vida o máximo possível
de felicidade. Pense nisso!
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!
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Onde mora um sonho, reside também ao lado o anseio de lutar para conquistá-lo.
ResponderExcluirEmpenho para ingressar.
(Engenharia de Computação - UFAM 2014)