Uma
das coisas que aprendi ao longo da vida é basilar para o comportamento que, aos
poucos, molda minhas atitudes: ser crítico não significa fechar os olhos para o
mundo. Embora muitos digam que já fui assim, não consigo me ver uma pessoa que
se nos apresenta contra tudo. E se um dia assim fui, aprendi, não apenas com a
vida, mas, principalmente, com os estudos, com a Ciência, com os autores. E dei
um salto de qualidade na vida ao cair, de cabeça, nos estudos de Maturana e
Varela, Edgar Morin, Fritjof Crapa e, sobretudo, Maria Luiza Cardinale
Baptista. Ela me iniciou no mundo da "paixão-pesquisa", que passei a
denominar "emoção-pesquisa", embalado pela afirmativa de
Morin:"somos 100% razão e 100% emoção". Foi a partir dele, dos
estudos mais profundos sobre a complexidade, que passei a entender que não há
nenhum ser (humano ou não) que seja totalmente bom ou totalmente ruim. Temos
falhas, faz parte da nossa própria condição de humanos, mas, não devemos cobrar
dos outros, nem de nós, a perfeição. Nossa base educacional judaico-cristã, ao
invés de ver, no erro, o critério fundamental para o processo de aprendizagem,
encara-o como se fosse a variável essencial para a punição. E quando o erro é
visto única e exclusivamente como base para a punição, geramos culpa e passamos
até a nos punir quando consideramos que erramos. O crítico extremo, portanto,
termina cego em função do próprio olhar crítico. Nem as verdades científicas
podem ser tão extremas a ponto de nos cegar. A se levar em conta que Morin está
certo, bondade e maldade existem em qualquer um de nós e convivem harmoniosamente
como faces da mesma moeda. A vida, na academia como na sociedade, talvez seja
menos dolorosa se tomarmos Morin como base para nossas decisões. Pelo menos
torna-se menos sofrida.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
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