As
três universidades paulistas, a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade
Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade de Campinas (Unicamp) adotarão uma
política de cotas similar à adotada pelo Governo Federal a partir do ano de
2014. Os reitores das três universidades participaram de uma audiência pública
na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), dia 13 deste mês de março, para
discutir formas de como incluir estudantes negros e de escolas públicas nas
três universidades. O programa receberá o nome de Programa de Inclusão com
Mérito no Ensino Superior Público (Pimesp). Há perspectivas de que a Faculdade
de Tecnologia do Estado (Fatec) e as faculdades de Medicina de Marília e de Rio
Preto também aderirem ao Pimesp. As discussões não foram nada fáceis, pois há
resistência de estudantes, professores e representantes dos movimentos sociais.
Embora esses grupos defendam que deve existir uma política de ações
afirmativas, não concordam com o formato com que elas foram propostas. Curioso
nisso tudo é que o projeto é muito similar ao do Governo Federal. E recebe,
pelo jeito, as mesmas críticas duras dos professores e estudantes que não se
conformam, em verdade, que haja uma política nacional e estadual, no caso, de
ações afirmativas. De acordo com a proposta do Pimesp, até 2016, 50% das
matrículas em cada curso das três universidades e das que aderirem serão destinadas
aos estudantes que cursaram integralmente o ensino médio em escolas públicas –
35% desse total devem ser pretos, pardos ou indígenas. Até 40% desses
estudantes devem ingressar a partir do Instituto Comunitário de Ensino Superior
(Ices), que vai oferecer cursos preparatórios com duração de dois anos. Esses
cursos garantem o diploma universitário e o ingresso automático nas
universidades públicas estaduais, desde que o aluno tenha aproveitamento mínimo
de 70%. Para se ter uma ideia da necessidade urgente de uma política de ações
afirmativas, hoje apenas 7% dos alunos da USP são pretos, pardos ou índios e
egressos de escolas públicas. Na Unesp, o índice é 10% e na Unicamp, 9%. O caso
mais grave é o da Faculdade de Medicina de Marília. Lá, não há nenhum estudante
que preencha os dois requisitos simultaneamente.
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