As
universidades brasileiras em geral, e a Universidade Federal do Amazonas
(Ufam), em particular, padecem de um problema grave: os fluxos administrativos
terminam por serem "cadenciados" (ou quase lerdos) em função da
necessidade de as decisões serem colegiadas. Parece haver uma espécie de
descompasso entre o que se poderia chamar de "tempo administrativo" e
"tempo democrático". Mais grave que esse descompasso, porém, é a
universidade brasileira insistir na estrutura colegiada sem, porém, dar a
contrapartida da participação nos três segmentos. Acontece que raros sãos os
colegiados nos quais as representações comparecem efetivamente. Nos atuais
conselhos terminam por predominar as ideias de quem os dirige ou, quando é de
interesse de algum grupo organizado, tende-se para uma oposição descabida. E
quando esse tipo de oposição é bem organizada, os fluxos administrativos
tornam-se ainda mais lentos. Há que se pensar em um modelo administrativo que
não destrua as conquistas democráticas, porém, que tenha agilidade
administrativa necessária para vencer os desafios de uma organização moderna.
Em assim não sendo, quando chega a época das consultas para a Reitoria, como
agora ocorre na Ufam, grande parte das reclamações gira em torno da lentidão da
máquina administrativa. Não é para menos. Instituições que possuem todas as
decisões colegiadas, do menor ao maior escalão da administração, jamais serão
ágeis o suficiente para acompanha a velocidade do mundo moderno. Essa
dissonância talvez seja corrigida com a adoção de um modelo misto de tomada de
decisões. Como está, porém, as reclamações sobre lentidão serão sempre maiores
que as soluções.
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