Hoje
é o "Dia D" para os próximos quatro anos da Universidade Federal do
Amazonas (Ufam). Em tese, a comunidade deveria exercer o pleno direito à
liberdade de escolher, sem nenhum tipo de pressão, cobrança ou patrulhamento,
quem administrará a Instituição nos próximos quatro anos. Na prática, isso não
ocorreu. Pelo menos em relação ao mim. Talvez por já ter concorrido duas vezes,
na primeira terminei em segundo e, na última, em 2009, em quarto lugar, fui
severamente patrulhado e vítima de cobranças das mais diversas em função da
decisão que tomei. Quem lê meus escritos diariamente sabe: MEU VOTO É 10,
Márcia Perales e Hedinaldo Lima. E se for um leitor ou uma leitora mais atenta
sabe, inclusive, quais os motivos. Não os explicarei novamente pois já o fiz
aqui mesmo, neste espaço. Em resumo, porém, avaliei as propostas, as atitudes e
o quanto das ideias que defendo poderiam ser "utilizadas" no próximo
mandato e optei pela Chapa UFAM SEMPRE MELHOR. Por conta disso, porém, vivi
situações, no mínimo, curiosas. Alguns colegas do Comando Local de Mobilização
(CLM), com os quais tive uma relação intensa e de proximidade, passaram a me
tratar como se eu tivesse algum tipo de doença contagiosa. Não falam mais
comigo nem no Facebook nem nos corredores. O tão propagado direito à liberdade,
defendido com unhas e dentes, principalmente por alguns representantes da ala
que ainda tenho a ousadia de denominar "esquerda barulhenta", só
existe se você estiver ao lado deles (ou delas). Há aqueles mais afoitos que
cobram explicações. Outros (e outras) chegam a perguntar, com todas as letras,
qual o cargo que irei ocupar na "nova administração" da professora
Márcia Perales, caso ela vença a disputa. Como se não fosse possível alguém
tomar uma decisão dessas sem que haja nenhum tipo de negociata ou negociação.
Ao decidir participar ativamente da campanha da professora Márcia Perales, não
fiz nenhum tipo de barganha. Não trabalhei até agora troca de nenhum cargo,
mas, deixei muito claro: se ela precisar de mim e considerar que mereço confiança
e tenho competência técnica para ajudá-la na construção de uma UFAM SEMPRE
MELHOR, pode contar comigo. Não faz parte da minha índole ser omisso, ficar
neutro. Quem cobra uma posição dessas de mim não me conhece. Além disso, abomino
pessoas que apoiam alguém, depois de passada a disputa, lavam as mãos como se
nada tivessem com o projeto coletivo. Hoje sou parte deste projeto coletivo da
chapa UFAM SEMPRE MELHOR. E não abro mão disto. No entanto, também não faz
parte da minha índole, exercer qualquer tipo de pressão para assumir ou não um
cargo. Sou convicto de que quem deve decidir os ocupantes ou não de um cargo é
o dirigente maior, no caso, a reitora. Nas duas vezes que disputei a Reitoria
da Ufam deixei isso muito claro: se eu não tiver autonomia para decidir nem que
ocupará ou não os cargos de confiança da Instituição, serei reitor para quê? Penso,
aliás, que seria um ato de altíssimo valor ético e extrema grandeza se, ao
final da disputa, cada um dos Pró-reitores atuais pusesse o cargo à disposição,
caso a reitora seja reeleita, para que ela tenha toda a tranquilidade do mundo
para decidir quem reconduzirá ou não ao cargo. Dar ao administrador o direito
de exercer a liberdade de escolha e praticar esta liberdade ao longo do
processo é o mínimo que se espera dentro de uma universidade. E que os membros
da comunidade da Ufam exerçam este direito hoje, nas urnas. E que não o façam
sob pressão nem sejam patrulhados qualquer que seja a decisão tomada.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
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