Ha
uma mantra na universidade brasileira, desde a criação, de que Ensino, Pesquisa
e Extensão são indissociáveis e formam o tripé da universidade. Este
triunvirato, porém, não se nos apresenta tão uno assim como se prega. Nos
próprios regulamentos internos, ao longo dos anos, ações que combinassem os
três pilares eram preteridas incondicionalmente. No discurso, porém, a tal
indissociabilidade era sempre pregada. Na prática, projetos que possuíssem este
"olhar integrador" não prosperavam. Atualmente, algumas instituições
avançaram na direção deste olhar mais, digamos, "integrador". Ainda
perdura, porém, em algumas universidades ou setores de universidades, a prática
"desintegradora". O desafio da maioria delas, as universidades, é
vencer essa barreira de a prática ser diferente do que se propaga em teoria.
Ações de Ensino, Pesquisa e Extensão, conjuntamente, são da mais alta
complexidade. Não saem do papel se não forem efetivamente trabalhadas ao longo
dos anos para que se mude a perspectiva do olhar. Mudar a perspectiva do olhar,
portanto, significa, também, mudar a cultura organizacional. Pregar que Ensino,
Pesquisa e Extensão são indissociáveis não promove a indissociabilidade caso,
na prática, cada uma dessas dimensões seja realizada separadamente. É preciso
pensar a universidade com a convicção de que esses três pilares podem ocorrer
de forma integrada. Caso não, essa tão propagada indissociabilidade será sempre
uma utopia. Que não percamos a capacidade de sonhar, mas, que nossos
regulamentos sejam indutores dessa aproximação efetiva entre os três pilares.
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