Tenho
ouvido absurdos durante a campanha para a Reitoria da Universidade Federal do
Amazonas (Ufam). Um dos que mais me incomodaram foi a defesa de que a área de
convivência seja transformada em "sala de aula". Resumir o processo
de Educação à sala de aula é uma visão tão estreita a respeito do papel da
universidade na vida das pessoas que só pode ser visto como brincadeira. Uma
universidade não se faz apenas com salas de aulas, professores, técnicos e
estudantes. O processo de Educação vai além das paredes e dos prédios. No caso
da Ufam, é bem verdade que o espaço proposto mais parece o Shopping Center e,
talvez, por isso, recebe a ira de quem se posiciona contra. Eu, inclusive, não aprovo,
até hoje, a construção nos moldes que foi projetada. No entanto, abomino o
pensamento reducionista de que se tem que transformar o espaço em novas salas
de aulas. O espaço físico, por si, não modifica a qualidade da Educação. Pensar
uma universidade centrada na questão meramente do espaço para as aulas é
reduzir ao extremo o papel de educador dos professores e professoras.
Posicionar-se politicamente contra o processo de derrubada das árvores e o
descuido que houve em relação aos animais é louvável. Não se pode, porém,
desconhecer a necessidade que professores, técnicos e estudantes têm de uma
área de lazer e convivência. A sala de aula não se completa por si. A vida da
universidade é muito mais complexa do que as paredes da sala de aula.
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