Sonho
com o tempo em que os burocratas e educadores tomem uma decisão: implodam as
salas de aulas tradicionais e as velhas e carcomidas grades curriculares. Entendo
o Natal, acima de tudo, como tempo de renovação. Daí o sonho de que a estrutura
inteira mude e avance. E que seja uma mudança de rota para melhor, que valorize
o conhecimento, a relação do homem com o homem, com a natureza, portanto, com a
vida. O mundo da escola não pode ser uma mera reprodução ou uma espécie de
clone do mundo do trabalho. Encarar a vida como um ciclo no qual se nasce,
cresce, se é explorado no mundo do trabalho, sobrevive-se e depois se morre.
Resumimos a vida, e nem o Natal escapou, ao simples ato de consumir. E ter um
diploma universitário parece ser o sonho de consumo de todo pai, de toda a família.
Até Santo Agostinho sentiria vergonha da estrutura que possuímos hoje. Lutemos
para mudá-la e não deixar que a escola seja uma mera máquina de formatar gente
e matar sonhos.
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