sábado, 21 de dezembro de 2013

Visão cartorial e corporativismo na Educação

O Brasil tem duas imensas barreiras culturais a superar até que consiga desenvolver um Projeto de Nação internacionalizada e capaz de competir mundialmente: a visão cartorial e o corporativismo na Educação. E vou citar um exemplo clássico dessa aberração existente no Brasil que deve, definitivamente, ser, no mínimo, questionada. Há um cartório oficialmente estabelecido chamado Ministério da Educação (MEC). Porém, quem decide o exercício profissional entre os advogados é a corporação: a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Pelo princípio constitucional da isonomia, se serve para os advogados, deveria servir para todas as demais categorias profissionais, o que, no meu entendimento, seria a opção preferencial pelo atraso. Não podemos é ter um sistema educacional no qual o MEC diploma e vem uma corporação e define (ou não) o exercício profissional. Trata-se de uma visão cartorial, corporativista e de reserva de mercado que não tem nenhuma relação efetiva com o conhecimento, com a Educação para a vida e para o exercício da cidadania. E isso se reflete no maior problema das universidades brasileiras: a eterna dúvida entre formar plenamente para a vida ou para o exercício profissional. Isso transforma o Sistema Educacional brasileiro em uma mera rede de cursinhos preparatórios para o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil ou de qualquer outra corporação. Essa não é a função das universidades e temos de enfrentar firmemente toda e qualquer espécie de corporativismo que engessa as universidades, as transforma em meros cursinhos preparatórios e as torna escravas do cartorialismo das corporações profissionais.

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OBS: Post do dia 19/12/2013

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