O
Brasil tem duas imensas barreiras culturais a superar até que consiga
desenvolver um Projeto de Nação internacionalizada e capaz de competir
mundialmente: a visão cartorial e o corporativismo na Educação. E vou citar um
exemplo clássico dessa aberração existente no Brasil que deve, definitivamente,
ser, no mínimo, questionada. Há um cartório oficialmente estabelecido chamado
Ministério da Educação (MEC). Porém, quem decide o exercício profissional entre
os advogados é a corporação: a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Pelo
princípio constitucional da isonomia, se serve para os advogados, deveria
servir para todas as demais categorias profissionais, o que, no meu entendimento,
seria a opção preferencial pelo atraso. Não podemos é ter um sistema
educacional no qual o MEC diploma e vem uma corporação e define (ou não) o
exercício profissional. Trata-se de uma visão cartorial, corporativista e de
reserva de mercado que não tem nenhuma relação efetiva com o conhecimento, com
a Educação para a vida e para o exercício da cidadania. E isso se reflete no maior
problema das universidades brasileiras: a eterna dúvida entre formar plenamente
para a vida ou para o exercício profissional. Isso transforma o Sistema
Educacional brasileiro em uma mera rede de cursinhos preparatórios para o Exame
da Ordem dos Advogados do Brasil ou de qualquer outra corporação. Essa não é a
função das universidades e temos de enfrentar firmemente toda e qualquer espécie
de corporativismo que engessa as universidades, as transforma em meros
cursinhos preparatórios e as torna escravas do cartorialismo das corporações
profissionais.
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OBS:
Post do dia 19/12/2013
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