Uma
universidade só muda e se torna ágil e moderna quando, a priori, mudarmos as
mentes, as formas de ver o mundo. Principalmente o mundo da vida e a sua
correlação com o processo de aquisição de conhecimentos, bem como o processo
administrativo. Enquanto olharmos para o colega ao lado e enxergarmos nele um
concorrente ou alguém que nos quer "derrubar", em verdade, iniciamos
um processo lento de destruição da autoestima da própria instituição na qual
trabalhamos. E quando, digamos, a autoestima institucional está baixa, perdemos
a noção de pertencimento, passamos a não nos considerar parte do local no qual
exercemos a nossa atividade acadêmica (e remunerada) e, sem perceber,
destruímos não apenas a imagem institucional, mas, a instituição. É o tipo de
armadilha que, ao final, nos destrói, pois em uma universidade pública, por
exemplo, somos parte dela e ela está em nós, por ser pública. E mais: está em
nós mesmo que, diretamente, não façamos parte dela. Para conseguirmos enxergar
as armadilhas e nos modernizamos administrativamente, antes de tudo, é
necessário modernizarmos nossa perspectiva do olhar.
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