Há
muito uma conhecida rede nacional de televisão não obtinha pontos tão altos na
audiência quanto na minissérie "Amores Roubados". No trabalho, nos
bares, nas casas, nas Mídias Digitais... só se falava no último capítulo da
série. O que mais me impressionou é que tanto entre alguns colegas da
Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em tese o templo da liberdade, quanto,
digamos, "na rua" os argumentos para se justificar a morte em defesa
da honra são os mesmos. O mais lindo e nobre dos sentimentos, o amor, que se
dane! Inverteram-se apenas os papéis, mas, o binômio amor e desgraça, como
estereótipo, foi mantido. Ouvi três adolescentes a discutir a minissérie. Uma
delas tentativa justificar o assassinato do personagem Leandro, "porque
ele pegou a mulher do cara, a filha do cara e engravidou a melhor amiga da
mulher do cara". "Tristão e Isolda", bem como "Romeu e
Julieta" são revisitados sempre. No entanto, não se discute o livre
arbítrio para o amor. Talvez fosse interessante nós, os professores e
professoras, nas universidades, discutirmos o tema com menos preconceito para
tirarmos essa aura de que o amor, quando vivido intensamente, é o senhor de
todas as desgraças.
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