O velho
dilema da Educação e, principalmente da Ciência, é estabelecer a diferença
clara que existe entre medir e avaliar. Mais ainda: não esquecer que medir pode
estar contido em avaliar mas, avaliar não é pura e simplesmente medir. Para
além deste dilema conceitual, o que deve ficar claro é que não se pode
gerenciar nenhum tipo de política pública sem avaliar ou, às vezes,
simplesmente medir. Talvez, por isso, quando um ganhador de Prêmio Nobel, por
exemplo, publica um artigo, como o fez Randy Schekman, ganhador do
prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia em 2013, as baterias de críticas,
nacionalmente, se voltem contra a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (Capes). No artigo, ele critica os critérios de seleção de
artigos usados por revistas de alto impacto mundialmente conhecidas e lança
novas proposições para se avaliar artigos a serem publicados. Usar o artigo
para ligar diretamente o assunto as critérios estabelecidos pela Capes não é de
todo correto, muito menos justo. Os critérios são estabelecidos por Comitês de
áreas, formados por pares de cada área. A publicação em revistas de alto
impacto não é o único indicador. E, convenhamos, não é um critério dos
melhores. A crítica Randy Schekman faz sentido e deve ser levada em conta,
digamos, ao se avaliar a avaliação. Devem servir, portanto, para aprimorarmos o
processo no Brasil e não para detoná-lo!
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