quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Revistas de alto impacto criticadas

O velho dilema da Educação e, principalmente da Ciência, é estabelecer a diferença clara que existe entre medir e avaliar. Mais ainda: não esquecer que medir pode estar contido em avaliar mas, avaliar não é pura e simplesmente medir. Para além deste dilema conceitual, o que deve ficar claro é que não se pode gerenciar nenhum tipo de política pública sem avaliar ou, às vezes, simplesmente medir. Talvez, por isso, quando um ganhador de Prêmio Nobel, por exemplo, publica um artigo, como o fez Randy Schekman, ganhador do prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia em 2013, as baterias de críticas, nacionalmente, se voltem contra a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). No artigo, ele critica os critérios de seleção de artigos usados por revistas de alto impacto mundialmente conhecidas e lança novas proposições para se avaliar artigos a serem publicados. Usar o artigo para ligar diretamente o assunto as critérios estabelecidos pela Capes não é de todo correto, muito menos justo. Os critérios são estabelecidos por Comitês de áreas, formados por pares de cada área. A publicação em revistas de alto impacto não é o único indicador. E, convenhamos, não é um critério dos melhores. A crítica Randy Schekman faz sentido e deve ser levada em conta, digamos, ao se avaliar a avaliação. Devem servir, portanto, para aprimorarmos o processo no Brasil e não para detoná-lo!


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