sábado, 4 de janeiro de 2014

Por um planejamento global para a Educação

Entra ano e sai ano e não consigo entender como o Brasil se propõe a promover uma revolução no processo educacional do País sem que seja feito um planejamento global e integrado das atividades nos níveis municipal, estadual e federal. Não é possível, por exemplo, discutir um projeto estratégico de País sem que os ministérios do Orçamento e Gestão, da Fazenda, da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Educação tenham sempre representantes do primeiro escalão, quiçá os ministros. Um projeto de País não se cria a partir da retirada de algum Programa aqui, outro acolá, da cartola de mágicos estabelecidos em cada ministério ou em órgãos Financiadores, Fiscalizadores, de Supervisão e de Gestão. Mudanças no processo educacional precisam ter um horizonte. E devem ser planejadas e discutidas com municípios e estados, uma vez que um ente trata do Ensino Básico, o outro do Ensino Médio e o Governo Federal, do Ensino Superior. Sem que tais entes tenham o mesmo objetivo, as possibilidades de sucesso são mínimas. E não se pode pensar que todos os tenham a priori. Qual o projeto de Nação que queremos? Qual estudante o Brasil pretende formar de Norte a Sul, Leste a Oeste? Quais habilidades básicas se deve desenvolver para enfrentar o mundo da vida? São perguntas a serem respondidas para se iniciar um planejamento global para a Educação. Depois, os ministérios da Fazenda e do Planejamento e Gestão devem responder quanto podemos gastar para chegar lá. Sem isso, todas as nossas tentativas de mudar a Educação tendem a ter excelentes Programas e Projetos que esbarram na falta de direção e recursos.


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