O
Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) é uma tentativa brasileira de ter uma
ferramenta de avaliação de estudantes similar ao Programa Internacional de
Avaliação de Estudantes (Pisa). Qualquer semelhança não será mera coincidência.
O Pisa é uma exame aplicado a jovens de 15 anos, de todo o mundo, a cada três
para a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O exame
mede o desempenho dos estudantes em leitura, matemática e ciências. Para fazer
diferente e ajudar a eliminar os problemas que as universidades tinham com a
anulação quase que permanente dos antigos vestibulares, o MEC criou o Sistema
de Seleção Unificada (SiSU), com base nas notas obtidas no ENEM. Antes, o SiSU contava
com seis opções para os estudantes escolherem em quais Instituições queriam
estudar. Pensado inicialmente para auxiliar o estudantes no exercício da
escolha, o Sistema ruiu em função das própria voracidade humana: o SiSU foi
transformado em uma espécie de "Jogos vorazes educacionais". Com
tantas opções, os estudantes deixaram de exercer o direito de escolha e
passaram a optar por ingressar nas universidades, mesmo que não fosse o curso
que gostassem, para se preparar para o curso da sua vida. As seis opções foram
transformadas em duas. Ainda assim, o jogo perdeu a característica de ser um
espaço para o exercício da cidadania acadêmica e da escolha de uma formação
para o mundo do trabalho: hoje também é uma forma de se ingressar em cursos
menos concorridos. Com isso, as universidades passam a ser usadas como se
fossem cursinhos preparatórios de luxo.
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