Incomoda-me,
e muito, a percepção de que, a cada dia, a "revolução" pregada nos
vários níveis da educação brasileira é baseada em um descompasso, quase uma
vala, entre o discurso e a prática. Virou chavão entre colegas de todos os
setores a defesa da "universidade pública, gratuita e de qualidade". Aí
me vem uma contradição que jamais consigo entender: comparecer ao local de
trabalho e, no mínimo, ministrar aulas, bem como realizar as atividades
administrativas, não seria a melhor forma de defender a universidade? Instalar
a disciplina e desaparecer é um comportamento de quem defende a universidade,
de quem tem compromisso com ela? Não cumprir a carga horária mínima de trabalho
é defendê-la como o fazemos nos discursos? Se queremos uma universidade
respeitada não é necessário que tenha credibilidade? E como conseguimos
recuperar a credibilidade das universidades pública junto à comunidade? Vejo
que uma saída básica e nos unirmos para prestar um serviço público que seja
respeitado. E isso inclui uma carga horária mínima de presença em sala de aula
e acompanhamento das atividades dos estudantes, bem como serviços de apoio prestados
nos horários para os quais somos contratados. É o mínimo que a sociedade,
composta pelos nossos acionistas, o povo, espera de nós. Quem topa o desafio!?
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