Não
me causa nenhum estranhamento a matéria divulgada pelo jornal Folha
de S. Paulo sobre a evasão na Pós-graduação do Estado. Por lá, há curso, na
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), no qual o índice de evasão é de
70%. O ciclo, que deveria ser virtuoso, transformou-se em vicioso, em função do
crescimento econômico e da demanda por mão-de-obra qualificada. Com isso,
aumenta a concorrência entre a escola (falo aqui em todos os níveis) e o
mercado. Na UNICAMP, a taxa de 70% de evasão é justamente no programa de
matemática aplicada e computacional. Estudantes deste curso, por
serem altamente especializados, com certeza, recebem ofertas de empregos com
salários altíssimos. O argumento de que se deve aumentar o valor da bolsa de
estudo não convence. O que se deve fazer é investir na melhoria dos cursos de
graduação para que tenhamos estudantes excelentes em todas as áreas do
conhecimento a fim de inundarmos os mestrados e doutorados. É preciso, também,
implodir o sistema de seleção atual. A pós-graduação brasileira tem de ter fluxo
contínuo de entradas e saídas. Assim, contribuirá para um ciclo virtuoso que,
certamente, desaguará na melhoria dos ensinos Básico e Médio do País.
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