sábado, 22 de fevereiro de 2014

As máscaras da democracia pós-moderna

Certa vez, neste mesmo espaço, comentei que a universidade deveria começar a estudar, do ponto de vista jornalístico, o movimento de pessoas que usam avatares (as máscaras da Internet) fakes (caras falsas da Internet) para manipular fotos e fatos e vendê-los como se fossem "verdades". À postagem dei o nome de "As Mídias Digitais e o jornalismo resto de ontem". Foi publicada numa quarta-feira, dia 5 de fevereiro de 2014. Por uma dessas ironias do destino, no dia seguinte, 6 de fevereiro de 2014, uma quinta-feira, dois jovens, um deles mascarado, em uma manifestação no Rio de Janeiro, soltaram um rojão que provocou a morte do cinegrafista da Rede Bandeirantes, Santiago Andrade. O que os dois fatos possuem em comum? Simples! A nojenta podridão dos que manipulam fotos para atacar pessoas e reputações é tão ou mais violenta que os rojões nas manifestações, acesos e soltos por pessoas sem rosto, por mascarados. É um tipo de violência mais letal, porém, por matar aos poucos. E ser praticada às escondidas, vilipendiar reputações e destruir moralmente quem é atingido pelo ataques anônimos. Matar em vinda talvez seja mais violento que a própria morte. A universidades tem o dever de se debruçar sobre o tema e estudá-los ângulo a ângulo. Toda a liberdade e todos os direitos devem ser garantidos a quem praticar o que for, de cara limpa. Esconder-se por trás de máscaras e avatares é crime inaceitável em uma democracia. Qualquer que seja a era estudada!

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OBS: Post do dia 21/02/2014

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