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cada dia fico mais convicto que, no Brasil, existe uma universidade do
discurso, a mais bela, respeitadora dos direitos humanos e da liberdade dos
indivíduos, e a universidade da prática, diametralmente oposta à universidade
dos discursos efusivos. E tive um exemplo do que falo quando, do dia 8 ao dia
16 de fevereiro, fiquei no exercício da Reitoria da Universidade Federal do
Amazonas (UFAM). Dia após dia uma coisa me incomodava desde que foram marcadas
as vagas especiais, de acordo com o estabelecido pela Lei, no Estacionamento do
Centro Administrativo: o completo e constante desrespeito às vagas reservadas
aos portadores de necessidades especiais ou mobilidade reduzida e às vagas
destinadas aos idosos. Por meio da Portaria 449/2014, após conversar com o
Prefeito do Campus, professor Atlas Augusto Bacellar, e com a Pró-reitora de
Assuntos Comunitários, Káthia Augusta Thomé, tentei fazer valer a Lei dentro da
Instituição. Em pouco tempo descobri que jamais se pode fazer valer a Lei
quando a comunidade insiste em ignorá-la. Ontem compartilhei este link
no Facebook com o apelo de que as pessoas nos ajudassem nesta luta. Pasmem,
leitores e leitoras! Até hoje, às 19h30, duas pessoas tinham curtido o apelo:
duas amigas do Rio Grande do Sul. Ou quase ninguém lê o que escrevo no Facebook
ou o apelo foi totalmente ignorado pelos colegada da UFAM.
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