quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Amadorismo no serviço público

Posso estar enganado e não quero fazer nenhum tipo de generalização em relação às universidades públicas brasileiras, mas, nas minhas andanças País afora a trocar experiências com colegas professores e colegas gestores, só posso concluir uma coisa: ou há amadorismo quase ingênuo ou as pessoas não possuem o menor comprometimento com o serviço público. Quem de nós, reles mortal, teve (ou tem) alguma experiência inesquecível de tratamento irreparável por parte de um servidor pública, especificamente, nas universidades brasileiras? A prestação de serviço público, em essência, parece não existir. O foco não é nos estudantes ou na comunidade, mas, no próprio umbigo. Independentemente das nossas crenças políticas e dos nossos desafetos pessoais, nas instituições públicas, principalmente as educacionais, a finalidade é bem-servir a comunidade. Depreciar tudo o que se faz parece ser a regra. As falas são amarguradas, de desgosto, de infelicidade. Caramba, não entendo como a pessoa aguenta uma vida inteira em uma Instituição se dela não gosta, se não a defende, se não a preserva? Não é de estranhar que serviço público seja entendido como sinecura ou sinônimo de pouco (ou quase nenhum trabalho). Somos, muito, culpados por isso e pela visão distorcida que existe dos serviços públicos, em especial, dos serviços educacionais.


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