Não
faço parte do time que defende a completa ausência de controle da burocracia
das universidades por parte da Advocacia Geral da União (AGU) ou dos tribunais
de contas. Tanto da União quanto dos estados e municípios. Todos, porém,
precisam, urgentemente, de uma dose cavalar de modernização administrativa. Por
conta das exigências de todos os documentos impressos de cada um dos candidatos
que concorrem aos editais de fomento à pesquisa, por exemplo, principalmente no
âmbito do Estado, sabe-se Deus quantos hectares de árvores precisam ser
derrubadas para se satisfazer as exigências?! Façamos, juntos, uma continha
hipotética: um projeto de 30 páginas precisa ser submetido a uma agência de
fomento. Como o Tribunal exige todos os documentos de todos os que participam
do certame (para manter a lisura do processo, é o argumento deles), no mínimo,
90 cópias deverão ser assinadas e rubricadas. Caso 300 pessoas concorram, são
27 mil cópias a serem rubricadas e assinadas. Não se pode nem fazer uma
operação digital da época das cavernas: solicitar que todos os documentos sejam
digitalizados, em formato PDF, por exemplo. Seria muito mais racional que todas
as submissões fossem feitas em PDF, on-line e, se o Tribunal não arredasse o
pé, a agência imprimiria apenas os selecionados e, aí sim, teriam um prazo para
receber as assinaturas dos dirigentes legais das instituições envolvidas. Como
ocorre hoje, o que existe é um desperdício incalculável de papel, de tempo e de
dinheiro público. A intransigência só pode ser uma espécie de atraso do
Tribunal no Amazonas. Todas as submissões de projetos e liberação de verbas
junto ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNpQ)
são on-line. Não se gasta sequer uma folha de papel. Que o TCE mude a
mentalidade enquanto ainda temos árvores para chorar copiosamente!
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