Na postagem de ontem neste espaço, “O
ranking e seus usos em Educação”, critiquei duramente o uso comercial das
listas e classificações mundo afora. E, principalmente, o uso comercial que se
faz dessas tais listas no Brasil, no campo dos negócios educacionais. O
problema é que o Governo Federal, ironicamente usa o Instituto Nacional de
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) para levantar um sumário
estatístico chamado Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) que, em
essência, enterra os preceitos educacionais do próprio Anísio Teixeira. E de
Paulo Freire, bem como de todos os demais pensadores brasileiros do campo da
Educação, incluso Rubem Alves. O que se tem hoje é um modelo educacional
eminentemente baseado em sumários estatísticos e resultados numéricos. O
processo de aprendizagem e os resultados qualitativos foram jogados na lata do
lixo. Prevalece a visão de economistas. Educadores são chamados para opinar,
desde que a essência dos tais índices não seja modificada. Acontece que a “Pátria
educadora de todos nós”, tem de ser aquela que educa e não aquela que “produz
estudantes em série” mas não os forma. Quiçá, os deforma. Enquanto tivermos a
aprendizagem baseada em índices, o saber será mero elemento decorativo do
processo.
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