Tudo o que o Governo brasileiro pôde fazer foi
feito, mas, o Governo indonésio não perdoou o amazonense, Marco Archer Cardoso
Moreira, de 53 anos, que foi executado na madrugada de hoje. Confesso, não
falei nada sobre o assunto até hoje porque, no fundo, ainda me estarrece que a
pena de morte exista no mundo atual. Sou permanentemente contra, esteja
brasileiro ou não envolvido porque, acima de tudo, creio que a vida é a dádiva
mais preciosa que nós, os humanos, ganhamos de Deus ou de uma força maior, para
os que não creem. Há, porém, uma questão crucial nesta execução: o respeito às
leis do País que o executou, cruéis, ao nosso olhar, mas, exemplares, ao olhar
deles. Eis a grande contradição do processo educacional: o respeito ao outro,
pode ser País, cultura, seres. Há uma complexidade muito maior do que a
execução, por fuzilamento, de um ser humano. Ao entrar no País, o brasileiro
não sabia do rigor da Lei? Correu o risco calculadamente? Ou não tinha ciência
do perigo que corria? Vi uma das fotos de Archer. Olhar profundo, no horizonte.
Talvez, só antes da morte, consciente do erro. Como pai, que ama profundamente
o filho, por mais que tenha errado, também pediria clemência. E peço, mesmo que
não tenha mais jeito. Mas, tenho de voltar os olhos para os habitantes da
Indonésia. E me vejo diante de uma contradição: as faces e a dura lição de uma
execução. Educar para a vida e para o respeito não é tão fácil quanto parece!
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