Há que se avançar, com urgência, para uma nova
visão na Educação brasileira, em todos os níveis. Um dos mais equívocos é
imaginar que se pode, no Ensino Superior, imaginar que os estudantes que chegam
possam se adaptar, imediatamente, ao modelo totalmente diferenciado que existe,
apenas, na cabeça da maioria dos professores. A mesma turma que considera o
modelo de educação superior diferenciado é que de defende, com unhas e dentes,
que os estudantes são autônomos por terem chegado à universidade. Ledo e atroz
engano! O exercício da autonomia e da liberdade é um processo. Quem vem do
berço, passa pelo Ensino Básico e Ensino Médio e, em tese, deveria existir no
Ensino Superior. Acontece que, digamos, derramar conteúdos em sala de aula e
pensar que os estudantes são maduros e autônomos a ponto de fazer o que Edgar
Morin chama de “religação dos saberes” por conta própria é típico da visão
tradicional de Educação travestida de visão moderna. No processo de religação
dos saberes o estudante precisa sim, de nós, os professores e professoras. Aliás,
é só para isso que eles de nós precisam. Ou tomamos consciência disso ou
partiremos sempre do pressuposto de que o sistema educacional brasileiro educa
para a autonomia e para a liberdade. E, em verdade, vos digo. Acreditar nesta
utopia é, no fundo, não querer que haja autonomia em nenhum dos níveis da
Educação no País.
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