Acompanhei quieto aqui do meu cantinho, quieto,
os atentados terroristas na França, em especial, ao jornal Charlie Hebdo, e as
repercussões do fato, inclusive, a “Marcha pela Liberdade”, manipulada
descaradamente tanto pelo presidente da França quando pelas demais autoridades
mundiais presentes. Tenho o meu lado humorista, não creio em humor
politicamente correto, em humor que não seja capaz de ferir. Só que, de forma
tão fina, quase imperceptível. Desconheço humor que respeite o outro, as
diferenças e todas as demais falas do hoje “politicamente correto”. Mas, quando
se trata da religião, da crença dos outros, todo o cuidado é pouco, pois,
religião é sempre um campo minado. Nada dá o direito aos terroristas de matar
inocentes. No entanto, está mais do que na hora de a sociedade discutir, sim,
os limites da liberdade de expressão, porque, a plena liberdade que, em tese,
defendemos, só existe, reforço, “em tese”. Em tese, posso dizer tudo o que eu
quero. Assim como, devo me responsabilizar e responder por tudo o que digo. O
ato terrorista deve ser condenado por todos nós. Há que se entender, também,
que “matar moralmente” uma pessoa é deixa-la viva, a sofrer, por um tempo que
nós não temos como determinar. Há, portanto, no caso do humor, uma fronteira
muito tênue entre a liberdade de expressão e o bullying. Com toda a crítica que
o trocadilho infame que farei merece, penso que, no caso do humor, pegar uma
crença ou religião “para cristo” não se trata de liberdade de expressão, mas,
com muita boa vontade, uma espécie de bullying. E o bullying, em se tratando da
vida em sociedade, não pode ser aceito. Liberdade de expressão sim, bullying,
jamais!
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