Há quem imagine que só se pode falar em Mídia
Digital associada às, digamos, novas tecnologias de comunicação e informação.
Nós do Grupo de Pesquisa em Ciências da Comunicação, Informação, Design e Artes
(Interfaces), vinculado ao Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação
(PPGCCOM) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), defendemos que não. Para
nós, é Digital por se referir a digitus (cada uma das extremidades usadas para
segurar objetos), ou sejam, aos dedos. O que se tem, com o advento da Internet,
é o aumento fenomenal da velocidade e do uso dos dígitos como possibilidade de
se articular a comunicação e a difusão de informações. Ao esculpir as primeiras
anotações em pedras, como o fez Moisés ao deixar a Lei de Deus escrita em sua
Tábua, já se tinha o surgimento das primeiras Mídias Digitais. Tanto o é que ao
final do filme, Êxodo, de Ridley Scott, brinquei com meus filhos: "o nome
do filme também poderia ser: Assim nasce o IPad". Da pedra, passando pelo
papiro e chegando ao papel, o Bloco de Anotações, passou, com o mesmo nome,
porém imensamente sofisticado, para mais modernos dispositivos móveis. Os nomes
variam de Notas para Lembretes, porém, não deixam de cumprir a mesma função: registro.
Ou seja, as anotações servem para que a memória humana amplie sua capacidade de
recuperar arquivos, portanto, informações. Eis a magia do antigo transmutado em
novo a ponto de não conseguirmos relacionado com o passado e suas antigas
funções. O uso efetivo do bloco de anotações é feito por quem atende os
passageiros no ar. Para atenderem de forma mais efetiva, passam, uma primeira
vez, a solicitar que os passageiros informem qual tipo de bebida preferem.
Anotam o pedido relacionado à cadeira ocupada pelo passageiro. Não erram nunca.
Usam apenas uma esferográfica é uma folha de papel. Pura tecnologia dita antiga
a cumprir a missão pós-moderna de ser Mídia Digital.
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