sábado, 24 de setembro de 2011

Avliação participativa da Pós no Brasil

Diga-se tudo o que se quiser dizer do Diretor de Avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Lívio Amaral, só não se pode dizer que ele não tenha firmeza de propósitos. Implementar a mudança que fez na avaliação dos programas de Pós-graduação no País é para quem tem topete. Tivesse seguido a cartilha petista de “mandar para as bases” as decisões a serem tomadas duvido muito que a ideia agora em vigor passasse. Ele insistiu em dizer que não houve nenhuma mudança, mas, houve sim. E significativa. As avaliações anuais feitas por uma comissão de seis pessoas, com todas e recomendações diretamente aos programas deixaram de existir. Agora, há o que ele denominou Seminário de Acompanhamento, a ser realizado no período de 5 a 7 de dezembro para a Área de Ciências Sociais Aplicadas I, por exemplo, no qual todos os coordenadores reúnem, recebem informações sobre os demais programas da área, trocam experiências e formulam apenas um relatório da área, com um elenco de pontos fortes e fracos a partir dos dados do Coleta/Capes. Neste caso, tendo 2010 como ano-base. Permanece, porém, a avaliação trienal, com a atribuição de notas feita pela Comissão de Área. Manter essa trienal nas mesmas bases anteriores é mexer para não mudar nada. E, nesse caso, devo dar razão ao diretor da DAV: não muda nada mesmo. A avaliação só será efetivamente participativa se a trienal também for feita pelos coordenadores de Programas de Pós das respectivas áreas. Em não sendo assim, mexe-se na avaliação anual, tornada mais participativa, porém, volta-se para a avaliação representativa na trienal. Ainda há tempo de se efetivar verdadeiramente a mudança.

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