sábado, 10 de setembro de 2011

Não somos sacos-de-pancada

Com o tema “Não somos saco-de-pancadas”, estudantes, técnicos e professores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) reúnem-se segunda-feira, dia 12, no hall do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), às 16h, para discutir o processo de violência contra os três segmentos que se manifestam desde a agressão a professores até medidas de força “nunca ates utilizadas na história deste País”, contra os trabalhadores das universidades brasileiras, por exemplo. O que mais revoltou a comunidade da Ufam e gerou a manifestação de segunda feira foi saber que “Amin Abdel Aziz Neto pagou multa de R$ 15 mil, revertida à Ufam, e teve a punição pela prática de lesão corporal leve causada ao professor Gilson Monteiro extinta pela Justiça.” A comunidade não se conforma, primeiro, com o enquadramento do crime em “lesão corporal leve”, uma vez que o professor Gilson Monteiro ainda está com perda de 50% da capacidade auditiva e necessita ser submetido a uma cirurgia para recompor o tímpano. Outro fato revoltante: a Ufam, em nenhum momento, manifestou sobre a invasão e a agressão a um dos seus servidores, mas foi a beneficiada. Além disso, já houve prisão de estudantes no Campus da Ufam, afronta a professores em sala-de-aula por estudantes-policiais armados, agora, o espantoso caso de violência recente contra os técnicos que é fiscalizá-los, em plena greve, para verificar se 50% da categoria trabalha ou não. “Não somos sacos-de-pancada” é uma reação da comunidade à quebra da liberdade de cátedra e ao processo de desmonte da universidade pública brasileira.

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