domingo, 30 de outubro de 2011

O avanço dos reacionários e caretas nas universidades

Não sei qual a sensação de uma pitada em um cigarro de baseado. Muito menos do cigarro legal. Nunca tive vontade de experimentar nenhum dos dois. Das drogras legais, já tomei uísque, cachaça e cerveja. Estar embriagado e perder completamente a consciência de si não são coisas boas. De quando em vez, porém, penso que todos os consumidores do álcool, em geral, embriagam-se. Tenho tomado o cuidado de exagerar cada vez menos. Não gosto de estar inconsciente em nada que faço. Episódios como o da invasão da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) para prender estudantes membros da “esquadrilha da fumaça” e, mais recentemente, da Universidade de São Paul (Usp) revelam, porém, que a universidade brasileira, como reflexo da própria sociedade, é reacionária, careta e hipócrita. Tratar a questão das drogas consideradas ilegais nas universidades como um caso de polícia e não de saúde pública é de uma estreiteza que só confirma a minha hipótese da hipocrisia como regra. Nem os estudantes da Ufam, nem os da Usp precisam ser tratados como criminosos comuns. São doentes, viciados em uma droga que não está na lista das permitidas assim como há milhões e milhões de brasileiros viciados em no fumo e no álcool. Uma universidade que trata casos como esses dessa forma, não educa para a vida; para a liberdade e para a autonomia; mas, para a punição e para a repressão.

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