sábado, 15 de outubro de 2011

"Senti-me completamente sozinho"

Autorizado pelo jornalista Anderson Vasconcelos, transcrevo a entrevista que dei ao Jornal da Adua intitulada “Quem é o verdadeiro agressor?”, um desabafo documentado da violência que sofro há mais de dois anos, não apenas física, mas moral. Eis mais duas perguntas: Na sua avaliação, esse seria um caso de violência institucional? É uma violência institucional, sim. Uma Reitoria que se manteve calada em todas as vezes que foi incitada é porque aceitou o acordo. Essa é a grande violência. Ou seja, me senti completamente sozinho, desprotegido. A única entidade que ainda se manifestou, fez uma passeata, obrigou praticamente o reitor à época a publicar uma nota foi a Adua. No mais, fiquei solitário na briga, esperando o tempo passar... A Universidade não cumpriu a obrigação dela: garantir-me a integridade física, a integridade moral e a segurança no meu local de trabalho. E se não garantiu, sabendo que a Ufam foi invadida, a Reitoria deveria ter reagido. Do ponto de vista simbólico, quando a instituição não diz nada, não se manifesta, não toma nenhuma providência, significa que ela está sendo conivente com a agressão. Qualquer que fosse o reitor, não interessava se fosse o meu adversário em disputas pela reitoria, deveria ter se sentido também agredido. Em um blog de sua autoria, o senhor diz ter sentido “nojo e revolta com o silêncio da Ufam”, que, aliás, esse é o título de um dos artigos publicados sobre o caso. Por que esse sentimento? Veja bem: se você tem um filho e algum desconhecido entra na sua casa, dá uma surra no seu filho e você não toma nenhuma atitude, me parece que significa que você é conivente, que você aceitou a agressão. Você acha que aquele filho merece a punição do agressor! É assim que me sinto em relação à Ufam. Enquanto a Reitoria não me der uma boa resposta, eu vou sentir que cada soco daquele, do senhor Amim Aziz é um soco da Administração Superior.”

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