sábado, 1 de outubro de 2011

A prática vergonhosa do jornalismo

Até quando suportaremos calados, ou apenas reagiremos individualmente, os ataques promovidos por políticos (ou parentes deles) à liberdade de cátedra e de manifestação do pensamento? Há dois anos e quatro meses, fui agredido covardemente por Amin Aziz, irmão do atual governador do Amazonas, Omar Aziz. À época, fui trucidado publicamente por grande parte da imprensa e dos deputados e vereadores da cidade e do estado. Lacaios e subservientes a quem estiver no poder, há muito, a imensa maioria dos políticos não age em função do estado democrático de direito, mas sim, dos interesses pessoais ou de seus prepostos. Volto a insistir: grande parte da imprensa é cúmplice dessa ditadura travestida de democracia. E tenho como comprovar isso com o capítulo inteiro da minha tese “A mão invisível do Estado e a concorrência em Manaus” da minha tese “Por um clique: o desafio das empresas jornalísticas tradicionais no mercado da informação – Um estudo sobre o posicionamento das empresas jornalísticas e a prática do jornalismo em redes, em Manaus. 2002. 309p. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação): Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, 2003”. Para completar, ao divulgarem o resultado do acordo proposto pelo Ministério Público Federal do Amazonas (MPF/AM), alguns jornais da cidade tascaram manchetes mentirosas do tipo “Professor recebe 15 mil do irmão do governador”. Não apuram corretamente, não ouvem os envolvidos e publicam manchetes inverídicas, baseadas em releases das assessorias. E ainda reclamam quando afirmo, com todas as letras, que são vendilhões do templo e prestam serviço a quem estiver no poder e não à sociedade. Pois reafirmo: grande parte, mas grande parte mesmo, da mídia do Amazonas é totalmente comprometida com os interesses dos donos e de quem estiver governando. Gostaria de saber o porquê de ninguém nunca terem contestado uma linha da minha tese, na qual, o então presidente do Sindicato das Empresas de Jornais (Sineja), Guilherme Aluízio de Oliveira Silva, foi enfático: “Eu duvido muito que um jornal que não negocia a sua verdade, sobreviva”. O jornalismo que se pratica em Manaus é motivo de vergonha!

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