segunda-feira, 23 de julho de 2012

A greve pode terminar, a mobilização precisa continuar


Qualquer que seja a contraproposta apresentada pelo governo na reunião marcada para hoje entre Governo Federal, Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes-Federação) e o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) uma coisa deve ficar bem-clara: não se deve perder esse momento de mobilização, o maior deles nos últimos anos nas universidades federais. Isso porque a luta por melhores condições laboratoriais e de trabalho não se encerra com a assinatura de qualquer acordo. A universidade brasileira que temos hoje, com seus acertos e erros, é fruto da luta histórica dos nossos colegas professores e professoras que criaram associações, posteriormente sindicatos, e nunca se furtaram em enfrentar o embate ideológico. Há uma tendência mundial de se reduzir os investimentos na Educação superior. Por sinal, a orientação do “capital internacional” é que mesmo nas federais, “quem pode pagar deve pagar”. A luta por uma universidade pública, de qualidade e socialmente referenciada, portanto, não termina com o “reajuste salarial”. Aliás, apenas tocar no bolso dos professores com algum tipo de aumento é uma das estratégias do Governo para desmobilizar a categoria e poder aprofundar esse projeto neoliberal de estado mínimo na educação, iniciado no Governo Fernando Henrique Cardoso, o ministro Paulo Renato, e muito bem refinado nos mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva, principalmente com o ministro Fernando Haddad. É fundamental manter o estado de greve, com a categoria em alerta para as portarias, resoluções e recomendações do MEC, do Conselho Nacional de Educação, da Capes e do CNPq. Essas medidas, há tempos, implantam a reforma universitária que não queremos. A mais perigosa delas é esse processo de privatização que, aos poucos, massacra os servidores. Em breve chegará aos professores se não nos mantivermos mobilizados permanentemente.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

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