quarta-feira, 11 de setembro de 2013

A mudança de parâmetros necessária na Educação

A Educação brasileira, em todos os níveis, só muda, quando mudarmos nossa forma de ver o mundo, as pessoas que nos cercam e os nossos filhos. Enquanto, na nossa cabeça, o padrão for o de que os filhos são e devem ser nossos espelhos, a "Educação para a vida" fracassará. Por mais que seja doloroso para algumas pessoas, inclusive, para mim, não há como exigir que "meu filho seja eu". Ou que a minha filha seja à mãe. Ainda bem, e assim é a vida, o mundo e o conhecimento, uma dinâmica permanente, à qual Maturana e Varela, no livro "A Árvore do conhecimento", chamam de "clausura operacional." É algo como dizer que forças mutuamente contrárias são capazes de manter o equilíbrio. Enquanto eu não entender que meu filho e minha filha são seres completamente diferentes e díspares, terei sempre enormes problemas no processo educacional, inclusive familiar, deles. Por outro lado, eles devem tomar consciência desta diferença individual também. A maior mentira que podemos dizer a nós mesmos e aos que nos cercam, inclusive os filhos, é que todos eles são iguais e que fazemos as mesmas coisas para cada um deles. Na prática, esse talvez seja o primeiro indicador que os filhos usam para não mais acreditar nos pais. Todos sabemos, e eles também, que essa história de que dedicamos a mesma atenção a um e a outro é uma grande balela. Ao invés de se pregar, desde a família, essa bobagem de que todos somos iguais, devemos, sempre, admitir, assumir e gerenciar as diferenças. É a nossa capacidade de amar os diferentes, com todas as suas diferenças, que nos faz humanos. Educar para a autonomia, antes de tudo, é educar para o respeito ao outro e às diferenças. Pense!


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