A
Educação brasileira, em todos os níveis, só muda, quando mudarmos nossa forma
de ver o mundo, as pessoas que nos cercam e os nossos filhos. Enquanto, na
nossa cabeça, o padrão for o de que os filhos são e devem ser nossos espelhos,
a "Educação para a vida" fracassará. Por mais que seja doloroso para
algumas pessoas, inclusive, para mim, não há como exigir que "meu filho
seja eu". Ou que a minha filha seja à mãe. Ainda bem, e assim é a vida, o mundo
e o conhecimento, uma dinâmica permanente, à qual Maturana e Varela, no livro
"A Árvore do conhecimento", chamam de "clausura operacional."
É algo como dizer que forças mutuamente contrárias são capazes de manter o
equilíbrio. Enquanto eu não entender que meu filho e minha filha são seres
completamente diferentes e díspares, terei sempre enormes problemas no processo
educacional, inclusive familiar, deles. Por outro lado, eles devem tomar
consciência desta diferença individual também. A maior mentira que podemos
dizer a nós mesmos e aos que nos cercam, inclusive os filhos, é que todos eles
são iguais e que fazemos as mesmas coisas para cada um deles. Na prática, esse
talvez seja o primeiro indicador que os filhos usam para não mais acreditar nos
pais. Todos sabemos, e eles também, que essa história de que dedicamos a mesma
atenção a um e a outro é uma grande balela. Ao invés de se pregar, desde a
família, essa bobagem de que todos somos iguais, devemos, sempre, admitir,
assumir e gerenciar as diferenças. É a nossa capacidade de amar os diferentes,
com todas as suas diferenças, que nos faz humanos. Educar para a autonomia,
antes de tudo, é educar para o respeito ao outro e às diferenças. Pense!
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