sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Quando a Saúde de Cuba prestava

Não sei se acontecia nos demais estados brasileiros. Mas, lembro-me como se hoje fosse, que muitos dos meus colegas, ícones da esquerda, à época, saudavam tanto o modelo de Saúde quanto o modelo de Educação de Cuba como exemplares para o mundo. Não sei se Cuba sem Fidel Castro não é mais a mesma. Ou se os meus antigos colegas da dita esquerda mudaram. Só sei que depois do anúncio do Programa Mais Médicos, do Governo Federal, a Educação de Cuba, principalmente, o processo de formação dos médicos cubanos, caiu em desgraça na boca de muitos daqueles que, nos idos dos anos 80, eram devotos de Santa Havana. Ao que parece, alguns daqueles ativistas de ocasião, que erguiam a bandeira esquerdista de Cuba, hoje, se não fazem parte, pelo menos advogam (talvez pouco cliniquem), ou rezam pela cartilha dos Conselhos Regionais de Medicina. Do ponto de vista educacional, o que me interessa é: a formação dos médicos cubanos tem problemas? Quais? Se antes era apontado como modelo para a América Latina, o que mudou? Aí me vem a questão ainda maior: só é médico quem consegue "passar" pela provas do "revalida"? Será que os mais brilhantes médicos (e cientistas) do mundo seriam aprovados neste exame? E se não o fossem, deixariam de ser médicos (ou cientistas) por isso? Não creio que um mero exame transforme alguém em médico ou não. É preciso avançar na visão cartorial da Educação. Se Educação é processo, um diploma não pode ser revalidado apenas com a aplicação de um teste. Muito menos com a comparação dos nomes e planos de cursos das disciplinas. Há que se avançar! Caso contrário, quando for de interesse e servir para sustentar os discursos, a medicina de Cuba será padrão; quando não, cairá em desgraça, como agora!


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