Antes
de ser pesquisador, militei, anos e anos, na imprensa de Manaus como
jornalista. E uma coisa me parece muito clara: é um equívoco dos mais graves
comparar pauta jornalística com objeto de pesquisa. E inegável que existe, no Brasil,
uma espécie de taxionomia do conhecimento nas áreas do conhecimento definidas
na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Mais
para efeito de financiamento do que para divisão do conhecimento. Este último
não tem taxionomia, não se divide, é processo. E como processo, dinâmico. Logo,
não pode e não deve ser pautado. No jornalismo, a pauta é o assunto
pré-determinado na redação para o qual o repórter vai à rua captá-lo, redigi-lo
para, talvez, ser publicado. Em Ciência, apesar da taxionomia das áreas, não
cabe ao professor-pesquisador, como se fosse um chefe de reportagem, pautar
assuntos que devem ou não ser assuntos ou objetos de pesquisa. Quem tem de
fazê-lo é o estudante. Quem ingressa nos programas de Pós-graduação é o
responsável por arejar a Ciência. Por tirar as amarras. Por ousar. Do nosso
lado, nós, os professores e professoras, temos o dever de apostar na ousadia,
no novo. Afinal, a Ciência não é uma construção feita com materiais
pré-moldados como se a descoberta fosse um pecado mortal.
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