O
Sistema de Educação do País, muito embora o marco legal nem o exige, parece
ter, na gênese, uma tendência natural a mediocrizar os gênios. É somo se tivéssemos
feitos uma opção preferencial pela medianização dos saberes. Falo de cátedra!
Primeiro porque, no início da minha carreira de estudante, passei da
alfabetização para o terceiro ano, apesar da gritaria geral dos pedagogos.
Diziam que eu teria dificuldades de adaptação social, por ser menor que os
"meninos" da turma. Fiquei, meus pais bancaram a troca e fui em
frente. Talvez, por isso, até hoje não aceite essa "ideias pré-concebidas"
de que há uma faixa etária para cada fase da aquisição do conhecimento. Essa
visão é preconceituosa, limitadora e tende a fazer exatamente o que o título
desta postagem chama a atenção "mediocrizar os gênios". Meu filho foi
vítima desta visão! Termina as atividades em sala de aula rapidamente e a
professora dizia que ele só queria se mostrar, era metido, só queria saber de
se mostrar. Resultado: foi necessário trocar a professora. Adiantou pouco! De
forma menos clara, houve, no fundo, uma espécie de mediocrização. O que se deve
ter é a mente e o espírito aberto não para segurar o avanço de quem tiver
competência para fazê-lo. Mas, acima de tudo, criar possibilidades de que
pessoas com habilidades reconhecidas possam avançar na carreira e na vida. Que
as ideias pré-concebidas não sejam mais importantes que as ideias fora do
padrão.
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Professor Gilson:
ResponderExcluirPerfeita sua observação. Fiz o meu mestrado em um lugar que também privilegia este tipo de visão, o IMPA. Um de seus melhores ex- alunos, Fernando Codá, hoje professor da própria instituição, é sério candidato à prestigiada medalha Fields, a honraria máxima da matemática mundial. Veja esta entrevista dele http://redeglobo.globo.com/globouniversidade/entrevistas/noticia/2013/09/fernando-coda-relata-os-desafios-da-rotina-de-trabalho-de-um-matematico.html