Tenho
"batido" inúmeras vezes que a escola (repito, em todos os níveis) ao
invés de mediocrizar os gênios deveria genializar os medíocres. Como avaliador
do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anysio Teixeira (Inep), tive de
me aprofundar ainda mais sobre o tema que me incomodava há muito. Pasmem,
leitores e leitoras! A dura e cruel realidade é que os gênios foram
classificados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como estudantes com
necessidades educacionais especiais. Não se trata de um problema apenas da
escola brasileira: é um problema mundial. Em todos os textos legais e em
quaisquer discussão sobre o tema, como por exemplo, o trata a própria OMS, o
deficientes aparecem em uma ponta e os gênios foram transformados em pessoas
com "Altas Habilidades/Superdotação". São tratados genericamente pela
sigla AHSD. A OMS, no mundo, aponta matrículas de pessoas com "deficiências
em 10%" e as com "Altas Habilidades/Superdotação em 3,5 a 5%,"
Não é de se estranhar que as matrículas de pessoas com necessidades
educacionais especiais sejam extremamente reduzidas. Menos estranho, ainda, é
que os gênios, vulgos AHSD, não passem de 5%. Oras, quem, em sã consciência,
gostaria, além de ser minoria, aparecer sempre como se fosse doente? É
lastimável constatar que não é apenas a escola a excluir pessoas com
habilidades acima da média, mas, a própria sociedade. Não estranha que muitos
gênios se recolham para fugirem da discriminação social violenta que não os
deixam assumir o que são.
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