A
dissertação "Paisagens sonoras: a experiência composicional nas redes de
sons do entorno do sambódromo de Manaus", defendida pelo professor do
Curso de Artes da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Márcio Lima de
Aguiar, é uma daquelas obras capazes de deixar os taxionomistas cartesianos com
o queixo caído. Justamente porque poderia ser encaixada perfeitamente como
produto de um Mestrado Profissional, porém, mantém a profundidade de um
trabalho de Mestrado Acadêmico, porém, com um produto como resultado.
E é
neste hibridismo entre o produto e a criação que Márcio Aguiar, orientado pela
professor doutora Rosemara Staub de Barros, criou um espaço para se inserir na
teia da pesquisa com um nó intrínseco a ele: o da inventividade. A pesquisa e
as composições feitas por Márcio Aguiar comprovam, com todas as letras, que o
saber não é nem acadêmico nem profissional. É saber e pronto.
Essa
sanha taxionômica é uma característica da pesquisa atual brasileira que precisa
crescer para o mundo e "se medir" e ser medida para poder demonstrar
como cresce. Do ponto de vista do saber, do conhecimento, porém, o trabalho de
pesquisa de Aguiar (como imenso alívio para mim que tanto fui da banca de
Qualificação quanto da Defesa da Dissertação, hoje) deixa evidente que não há
como engessar a Ciência, muito menos a Arte.
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