Na
postagem de ontem, sob o título "Vanguarda do atraso aprova Diretrizes
para o Jornalismo" ressaltei a preocupação da Associação Nacional dos
Programas de Pós-Graduação em Comunicação (COMPÓS) com o que, à época, ainda
seria aprovado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). As "novas"
(muito velhas) Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em
Jornalismo são o que de mais atrasado poderia existir para o Jornalismo e para
a própria Área de Comunicação, campo do qual os que propuseram a mudança
parecem querer deixar. Nem os cientistas "mais duros" falam em
separação, mas sim, em "religação dos saberes", como o faz Edgar
Morin, por exemplo. Em conversa com o meu orientado de Doutorado em Sociedade e
Cultura na Amazônia, Sandro Aberto Colferai, professor da Universidade Federal
de Rondônia (Unir), campus de Vilhena, concluímos que se voltou aos anos 70 no
Jornalismo. E o que é pior, com uma processo claro de instrumentalização da
profissão meramente voltado para servir ao mercado.
Sandro
Colferai:"Também achei um absurdo as novas diretrizes nada
mais contraditório: a comunicação se vende interdisciplinar, e quando mais
precisa tenta se fechar na disciplinaridade, e totalmente instrumentalizada
para uma prática de mercado." E completa: "Faria mais sentido deixar
a reserva de mercado pra lá, esquecer a obrigatoriedade de diploma e se tornar
realmente útil para a sociedade... o futuro da comunicação está na periferia, e
eles estão tentando ganhar espaços no centro. vai dar errado!" É lastimável!
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