O
processo de avaliação não pode meramente levar em conta notas obtidas pelos
estudantes. Muito embora, em geral, seja o indicador mais usado e o menos
trabalhoso. E, talvez, seja o mais usado, exatamente por ser menos trabalhoso. O
sistema educacional vigente ainda usa outra medida nada recomendada, a média,
para selecionar os que seguem e os que ficam pelo meio do caminho. Numa escala
de zero a dez, quem fica abaixo de cinco (5,0) é prioritariamente classificado
como "dos piores". Ainda assim, se faz outra distinção. Aqueles que
ficam até sete (7,0) são "os piores dos melhores" e quem fica acima
de sete (7,0) até dez (10,00) faz farte dos "melhores dos melhores".
Entendo, porém, que são formas arbitrárias, embora sustentadas por números, de
se classificar pessoas, assim como as listas são usadas para classificar
instituições. Quando as listas são benéficas, promocionalmente as instituições
divulgam. Quando não, ficam bem guardadinhas apenas como registro. Penso que é
preciso avançar na direção e um efetivo processo de avaliação que não leve em
conta apenas a medição. Nem só a média. Um dos meus professores de Estatística,
cujo nome não me recordo, do Mestrado em Administração que cursei na
Universidade de São Paulo (Usp) defendia sempre que a média não é a melhor
medida estatística pelo seguinte: ponha um ser humano com a cabeça dentro de um
forno de lenha e os pés em um congelador que, na média, a temperatura dele será
a ideal. Na prática, porém, provavelmente estará morto. Vale pensar nisso antes
de usar a média como medida nas escolas, não?!
Visite
também o Blog Gilson Monteiro Em Toques
e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou
encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.