Não
creio na máxima "faça o que eu digo mas não faça o que eu faço". Em
Educação, é a mais furada das furadas. Fico a observar alguns colegas
professores e professoras, que mal e parcamente produzem a média de dois
artigos científicos ao ano, a cobrar produtividade dos estudantes. Querem,
inclusive, em alguns casos, obrigá-los a só defender a tese ou a dissertação,
se apresentarem algum artigo publicado "em revista Qualis". A cada
ano, quando se vai preencher o aplicativo Coleta, o desempenho de grande parte dos
professores e professoras é sofrível. Por outro lado, no mais das vezes, os eventos
internos dos programas de Pós-graduação são esvaziados. Até mesmo os Congressos
(nacionais ou internacionais) contam com numerosos inscritos e "gatos
pingados" nos eventos presenciais. Não sei se pelo modelo atual, que tende
ao fracasso, ou nós que fracassamos ao assumir o compromisso de fazer parte dos
Programas de Pós-graduação. O certo é que, nos Congressos e Fóruns são
encontradas as mesas "figurinhas carimbadas". Enquanto não se
conseguir mobilizar estudantes efetivamente pelo exemplo dos seus professores e
professoras, a tendência da Pós-graduação é patinhar. O fato de ser bolsista
não é argumento para obrigar estudantes a participarem de tudo enquanto
professores e professoras, que são pagos para isso e assumem compromisso com os
Programas, só o fazem vez por outra. A mesma mão que cobra dos estudantes tem o
dever moral de cobrar dos colegas professores e professoras. É o mínimo de
coerência que se espera.
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