Definitivamente,
o que a comunidade precisa entender, tanto a das universidades quanto a que
vive fora dela, é a nossa condição de humanos, falíveis em essência. Ora, se
quem pratica a pesquisa, por conseguinte, a Ciência, são seres humanos (é bem
verdade que, alguns, após obterem o título de doutor, passam a se considerar
deuses), é mais do que evidente a possibilidade do erro, da incerteza. Quem
acredita que um ser (humano) é capaz de se afastar por completo do objeto de
estudo e se tornar neutro, plenamente objetivo? A tão propagada objetividade do
método científico tradicional é o "distanciamento" do objeto de
pesquisa. Uma quimera, uma utopia impossível de ser atingida em se tratando de
humanos. Quem de nós acredita no fato de que ser cientista ou pesquisador faz
com que o ser deixe de ter neuras, emoções, contradições, enfim, sentimentos?
Prefiro fazer parte da turma da "nova ciência" que opta pelo método
apenas, como defende Edgar Morin, "o percurso", o modo como o
trabalho foi feito. Nada a mais! O método não é a melhor forma, a forma mais
correta de se fazer uma coisa. É, apenas, a forma como se fez determinada
coisa. Quando o método é a única e a mais correta forma de se fazer algo, a
Ciência toma ares de Religião.
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OBS:
Post do dia 25/10/2013
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