quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A opressão pelo uso da Língua

Fico a me perguntar se já não passou da hora de o Ministério da Educação, e nós mesmos, professores e professoras, darmos um fim, em definitivo, a essa taxionomia educacional, em escala crescente, que nos transforma, nós, os seres iluminados que conseguiram concluir um curso de graduação em "seres superiores", como se quem não conseguisse o "feito" fosse inferior? A Língua, oficialmente, pelo uso, é excludente e opressiva ao criar no inconsciente coletivo a crença de que quem não consegue um "curso superior", ou seja, quem não passa pela universidade ou instituição equivalente, é um fracassado. O que temos na vida são saberes, conhecimentos, que não se aprisionam na universidade. Apenas são sistematizados e "empacotados" dentro dos padrões aceitos pelos cientistas e educadores. A Ciência é uma tradição, a mais reverenciada, não necessariamente a melhor. Penso que a etiqueta "superior" é excludente e preconceituosa. E precisa ser repensada dentro da própria universidade, uma vez que essa se considera um templo da liberdade e da igualdade. Entre iguais não há superiores nem inferiores. Há diferentes. Nada além!


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