O
cumprimento de prazos no serviço público não é meramente uma questão
burocrática. É parte do pleno exercício de cidadania. Se não, vejamos o caso
hipotético de um professor que tem um coração do tamanho do mundo e não deseja
"prejudicar ninguém". Ele marca a entrega dos trabalhos finais de uma
disciplina qualquer para a data X. Na data X, cinco ou seis estudantes não conseguiram
cumpri-lo. Bondoso, o professor amplia a data de entrega. Com isso, não lança
no sistema as notas de 20 ou 30 estudantes. O que acontece? Para ser bom com
cinco ou seis, independentemente dos problemas que os levaram a atrasar a
entrega dos trabalhos, termina por penalizar 20 ou 30. Falo de cátedra. Passo
por situações como essas constantemente. Tento administrar os problemas mas, no
fundo, gostaria mesmo era de, aos poucos, que toda a cadeia de responsabilidade
funcionasse. Para fazer o bem a alguns termino por penalizar outros tantos. Não
gostaria que fosse assim. Ao longo dos anos, meu desejo é que todos,
conscientemente, cumpramos a nossa parte. Talvez o mais correto, que nem sempre
é o mais justo, seria aplicar a "lei dos prazos" e ponto final. Mas,
avalio: será justo, ainda uma pessoa perder uma ano da sua vida escolar pelo
não cumprimento da entrega de um trabalho? Ser justo, fazer justiça, às vezes,
é um exercício doloroso! Mas, vale a pena!
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