Dia
desses ouvi um dos maiores absurdos, pelo menos na minha visão, sobre a duração
dos cursos de doutorado na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). A discussão
era em torno da duração mínima ou máxima dos cursos. Argumentei em favor da
necessidade de os bons estudantes, com tempo para se dedicar mais ao curso, terem
a chance de sair antes. Em tom de brincadeira, pois penso que não se pode levar
a sério uma afirmação dessas, um dos colegas argumentou:"Mas se for um
estudante excepcional, tem de ficar mais tempo no curso, para melhorar a
produção". Na hora, repreendi imediatamente o colega. Disse que o
respeitava mas não poderia concordar com nenhum grama do raciocínio dele. Não é
possível, ainda que haja um peso grande das publicações qualificadas nas
avaliações dos programas de Pós-graduação, que se pense em reter um estudante
com esse fim. A preocupação com a produção (e, consequentemente a
produtividade) nos programas de Pós-graduação não pode se transformar em uma
sanha paranoica sob pena de o mais importante para a Ciência, os talentos,
serem violentamente vilipendiados. Que tenha sido apenas uma mera brincadeira
de extremo e péssimo gosto.
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