Zé Sérgio,
dono da Fazenda Cascata, que não possui nenhuma cascata, convenhamos, é um
cascateador. E, confesso, gosto de, aos domingos, ir lá para almoçar e
cascatear. Uma das histórias que ele me contou é de uma sabedoria ímpar. Seu avô
tinha uma mula que se destacava das demais. De tanto ir a Alcobaça, cuja distância
de Teixeira de Freitas (que nem existia), à época, era “um dia de viagem”, e
teve uma ideia: mandou a mula sozinha com a lista de compras no alforje. A mula
chegou em Alcobaça e encostou direitinho no armazém que fornecia os gêneros
alimentícios para as famílias que viviam na Fazenda Cascata. O dono da venda, honesto
como ele só, pegava a lista, botava tudo o que foi pedido nos alforjes, dava
uma palmada na mula e ela ia embora. A operação foi repetida inúmeras vezes até
que um dia, a mula não saiu do lugar de jeito nenhum. O dono não estava. Quando
retornou, achou estranho que a mula ali, parada. Perguntou ao funcionário o que
acontecera e ele disse: “não sei explicar, esta mula na sai daí de jeito nenhum”.
O dono da venda teve a ideia de conferir a lista. Constatou que o funcionário
esquecera de pôr dois quilos de café. Pôs o café, deu uma palmada na mula que,
faceira, foi embora. Moral da história: até as mulas são sábias e você ainda
fica aí fazendo campanha para o inominável!
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