domingo, 24 de fevereiro de 2019

A política de fritar colegas


Li a postagem de uma colega professora da Universidade Federal da Grande Dourado (UFGD) a reclamar que perdera “alguns amigos” por conta da consulta interna para a escolha dos dirigentes. Uma pena que isso pareça ser a regra. O lugar da liberdade se transforma em local da fritura de colegas. Ao invés de se firmar pelas ideias, a grande maioria absoluta de professores e professoras tenta, na verdade, praticar a política de fritura de colegas. Ao invés de se discutir ideias, há os que determinam, a priori: se fulano, beltrano ou sicrano estiverem com você, não voto. Triste, lastimável e inaceitável. Em uma universidade, devem prevalecer as ideias, a disputa limpa de projetos e “visões de universidade”. E isso não te transforma em inimigo do colega. A mim me parece que, na universidade, não se pode praticar o que não se defende dia após dia: liberdade, democracia, direito de escolha e quetais só servem para os outros? Amigo professor, amiga professora; se você frita seus colegas só porque pensa diferente de você, saiba de uma coisa: você é muito pior de o quê qualquer dos políticos tradicionais que criticas.

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