domingo, 21 de outubro de 2012

A tolice de bater de frente contra a Capes


Há professores das universidades públicas brasileiras que ainda insistem na tolice de tentar “bater de frente” contra a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) como se essa fosse uma entidade a pairar sobre nossas cabeças. Não o é! E se tem essa aura de entidade é porque ganhou credibilidade nacional pelo rigor com que promove as avaliações e autoriza (ou não) o funcionamento dos cursos de pós-graduação no País. Mais nas regiões Norte e Nordeste há uma espécie de “choro” contra as regras estabelecidas como se as duas regiões precisassem de “proteção”. As especificidades dessas duas regiões devem sim, ser levadas em conta, nos processos de avaliação. No entanto, não e pode, em nenhum momento, abrir mão do rigor. Sou partidário do movimento “slow science”. Não considero, porém, que a exigência de uma média de 2 artigos (ou capítulos de livros) por ano, ao final de cada triênio, seja exagerada. Com todas as vicissitudes enfrentadas por professores que trabalham em universidades nessas regiões, Norte e Nordeste, não se pode admitir doutores com produtividade zero como membros de programas de Pós-graduação. E, sejamos honestos, no mais das vezes, nossos representantes de área, na Capes, compreendem a “baixa produtividade” dos cursos mais novos, porém, não toleram quando essa produtividade (baixa) se mantém constante ao longo dos anos. E, nesse sentido, ao invés de chorar, professores e professores que “atuam” nos programas de Pós-graduação deveriam mesmo era, antes de tudo, publicar, produzir pesquisas, portanto, Ciência. Porque só na conversa ninguém mantém um programa em funcionamento.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

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