quinta-feira, 24 de março de 2016

A Ciência de base estatal

À parte os avanços que se conseguiu nos últimos anos, a Ciência e a Tecnologia, no Brasil, são de base estatal. É notório que mais de 70% das pesquisas realizadas no País são financiadas pelo Estado, direta ou indiretamente. Eis um dos motivos para o baque tão forte que a Ciência brasileira já sofreu no ano passado e que pode sofrer, mais ainda, este ano. Durante anos e anos, qualquer tentativa de se relacionar as universidades públicas com a iniciativa privada era considerado “pecado mortal”. Quem considera que esta fase foi superada totalmente se engana. Ainda há fortes resistências às iniciativas de se aproximar as universidades das empresas. Projetos nesta direção recebem a pecha de privatização das atividades do Estado. Talvez não signifiquem a privatização pura e simples. Mas, em tempo de Lava Jato e fora dele, é preciso se ter cuidado para que as relações promíscuas não prevaleçam. Que a Ciência brasileira é de base estatal, não se pode negar. É preciso que avancemos muito na direção de estabelecer parcerias com a iniciativa privada. No entanto, não se pode admitir o uso de toda a estrutura estatal, o financiamento estatal, para gerar benefícios individuais. Este deve ser sempre o maior cuidado que devemos ter na hora do estabelecimento das parcerias.


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