sábado, 9 de dezembro de 2017

A lógica de matar aos poucos as universidades

Ontem, um amigo, sobre a postagem “O golpe final da destruição das universidades”, disse concordar com quase todo o texto, porém, não com o fato de o PT “deixar a sangria continuar”. E argumentou: ”se fosse assim, como se explica a expansão?” Rebati, ironicamente: “talvez, para ter mais o que vender”. Desde os primeiros escritos a respeito do tema, afirmo e reafirmo que FHC estabeleceu uma lógica para as universidades públicas, refinadas nos governos do PT, claro, neste último, com mais investimentos, para a expansão, por exemplo. O que não mudou? A transferência gradativa de atividades e funções das universidades públicas para as particulares. PROUNI e FIES, por exemplo, são ações de transferências de recursos públicos à iniciativa privada, ainda que indiretamente. Bolsas de graduação e pós-graduação dos Estados e Municípios são sim, transferências de recursos públicos para a iniciativa privada. A invés de investir nas universidades, inclusive as criadas nos estados e municípios, governos preferem pagar bolsas e esvaziar as universidades. Esta é a lógica privatista que não mudou. Eis a sangria que continua em todos os governos, desde a época de FHC. Sem falar em todo o arcabouço jurídico-legal que já preparou a futura venda das universidades públicas ou o lento processo de entrega, por exemplo, com a contratação de professores por meio das Organizações Sociais. Esse é um modo de rebaixar salários e se desobrigar diretamente das obrigações trabalhista. É o que penso. Posso estar errado, mas, é o que penso!


Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.