sábado, 21 de janeiro de 2012

Conservadores massacram a cultura hacker


É impressionante que alguns pensadores ditos progressistas, inclusive dentro das universidades, nunca tenham lido ou ouvido falar em “cultura hacker”. Conservadores de todos os níveis, inclusive grande parte dos baluartes da esquerda brasileira e amazonense, confundem propositalmente hackers com invasores de redes. Desconhecem os três pilares dessa cultura: liberdade, responsabilidade e cidadania. Hackers são todas as pessoas que agem para que as informações, a cultura e o conhecimento circulem livremente. Foram jovens estudantes do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos da América (EUA), quem investiram em divulgar essa cultura, mas, o Finlandês Pekka Himanen, que foi doutor pela universidade de Helsinque aos 20 anos, ganhou notoriedade ao escrever, conjuntamente com Manuel Castells e Linus Torvalds (criador do Linux), o livro “A Ética dos Hackers e o Espírito da Era da Informação: a Diferença entre o Bom e o Mau Hacker”. Para quem não se dá ao trabalho de estudar sobre o que fala, escreve ou lê eis a dica de uma boa leitura. Que pode ser complementada com “A ciência em uma sociedade livre”, de Paul Feyerabenb. Assim, não ficariam dando SOPA nem PIPA para, embora se dizendo progressista, abancar-se ao lado dos conservadores que, propositalmente, confundem as pessoas porque, no fundo, quando as informações, a cultura e o conhecimento circulem livremente o povo se liberta. E os conservadores de direita e de esquerda jamais querem essa libertação. É como diz Himanen: “compartilhar informações é um poderoso bem concreto, ou seja, é um dever moral compartilhar sua perícia”. Conservadores de esquerda e de direita desconhecem esse dever.


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